Silverchair acabou

Hoje, como ontem, o post é sobre música, pois hoje foi anunciado o fim de uma das bandas mais importantes da minha vida: Silverchair.

Confesso que há muito eu não acompanho o som da banda e não sabia o que andava rolando com os caras, mas num passado distante eu já os acompanhei e muito! Silverchair foi a 1ª banda que eu vi nascer, por assim dizer. Todas as bandas que eu curtia antes de 1995 já estavam criadas e eu peguei o bonde andando, mas com o Silverchair foi diferente. 

Eu me lembro como se fosse hoje da Lorena Calabria do Metrópolis da Cultura falando de uma banda sensação australiana composta de 3 adolescentes que estava arrastando hordas de gente a shows daquele lado do mundo. Isso foi em 1994.

No ano seguinte eu comecei a ouvir algo mais e ler algo mais, até que em 1996 os caras ficaram famosos aqui no Brasil também, principalmente por causa da MTV. Ai que saudade da MTV daquela época...mas isso é outra história.

Neste momento o som grunge dos moleques emplacou no mundo todo e eles viraram sensação mundial com o 1º álbum Frogstomp, puxado pelo hit Tomorrow.

Neste ano eles chegaram a vir pro Brasil pro festival Close Up Planet, que teve como principais atrações a tal "reunião" do Sex Pistols e Bad Religion. Esse foi o único dos 3 shows dos caras no Brasil que eu não vi. Queria muito ter ido, uma amiga, vizinha minha da época foi, mas os vi quase 5 anos depois no Rock in Rio e em 2003 no Credicard Hall em SP.

Eu não sei se era o lance da idade (eu tenho a mesma idade dos caras), a rebeldia, a tocada grunge, as letras depressivas do Mr. Johns, mas rolou uma identificação grande com a banda e eu acompanhei a carreira deles até o Diorama, album de 2002. Não fiquei pra ver o que seria o tal Young Modern de 2007, pois já havia notado que eles estavam partindo pra algo que não mais me interessava. 

Enfim, com o fim deles anunciado hoje (aliás, uma hibernação indefinida, como eles próprios chamaram) meio que fecha um ciclo na minha vida também. Já somos trintões, com muita coisa vista e feita e com evoluções diferentes em nossas vidas. A verdade é que cada indivíduo cresce em uma direção e é difícil manter uma parceria musical por tanto tempo.

Eu sou muito grata pela companhia que a música do Silverchair me fez durante muitos anos. 

Ainda bem que música é eterna, né?